"(...)Sou o santo que ora no terraço, - como animais pacíficos pastando até o mar da Palestina.
Sou o sábio da poltrona sombria. Os ramos e a chuva se atiram às vidraças da biblioteca.
Sou o caminhante das grandes estradas pelos bosques anões; o rugir das represas ensurdece meus passos. Observo longamente a melancólica barrela de ouro do crepúsculo.
Posso bem ser o menino abandonado no molhe que se lança para o alto mar,o pequeno serviçal seguindo a alameda cujo fuste vai tocar o céu.
As trilhas são árduas. Os montículos se cobrem de giestas. O ar está imóvel. Que longe estão os pássaros e as fontes! Só pode ser o fim do mundo, se avançarmos."
ARTHUR RIMBAUD (INFÂNCIA - FRAGMENTOS)
quarta-feira, 24 de junho de 2009
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