quarta-feira, 1 de julho de 2009

"(...) Eu não desejaria ver cada homem cultivado, nem cada parte de um homem cultivada,assim como não veria cada acre de terra cultivado: parte será lavoura, mas a maior parte será prado e floresta, não só atendendo a um uso imediato, mas preparando um húmus contra um futuro distante pela decomposição anual da vegetação que o suporta".

(...)Ouvimos falar de uma Sociedade pela Difusão do Conhecimento Útil. Afirma-se que conhecimento é poder, e coisas do gênero. Eu acho que existe uma igula necessidade de uma Sociedade pela Difusão da Ignorância Útil, o que chamaremos de belo conhecimento, um conhecimento útil num sentido mais elevado: pois o que é a maior parte do nosso tão vangloriado conhecimento, assim chamado, senão uma presunção de que sabemos algo, que nos rouba da vantagem de nossa ignorância de fato? Através de longos anos de paciente aplicação e leituras dos jornais - pois o que são as bibliotecas de ciência senão arquivos de jornais? - um homem acumula uma miríade de fatos, deposita-os na sua memória e então, quando em alguma primavera da sua vida se aventura a passear pelos grandes campos do pensamento, é como se fosse ao pasto com um cavalo e deixasse todos os seus arreios para trás no estábulo. Eu diria que a Sociedade pelo Conhecimento útil, às vezes, vai ao pasto. Vocês já comeram muito feno. A primavera chegou com sua safra verde."

THOREAU - CAMINHANDO

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